Delator de fraudes no contrato do Consórcio Guaicurus ressurge em ação após ter depoimento dispensado pelo MPMS
O próprio MPMS dispensou o delator de prestar depoimento durante a ação
Sem data para ser votado, recurso sobre a sentença que manteve o contrato bilionário entre o Consórcio Guaicurus e a Prefeitura de Campo Grande, do transporte público, cita a delação feita por Sacha Reck. O advogado teria confirmado fraude no contrato durante delação feita em 2016, no Paraná.
Essa manifestação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) foi feita após sentença que manteve o contrato do transporte público, negando supostas ‘vantagens' ao Consórcio Guaicurus.
A procuradora Sara Francisco Silva da 5ª Procuradoria de Justiça de Interesses Coletivos, lembrou o contrato firmado em 2012, na gestão do então prefeito Nelsinho Trad (PSD). “Restou claramente demonstrado nos autos que o Município de Campo Grande, MS, na pessoa do então Prefeito Municipal, realizou procedimento licitatório fraudulento e tendencioso”, aponta a peça.
Para confirmar as fraudes descobertas, a procuradora relembrou como o MP do Paraná identificou a organização criminosa integrada por empresários do ramo de transporte coletivo que direcionavam as licitações.
Em Campo Grande, o esquema foi descoberto após comunicação do MPF (Ministério Público Federal) ao MPMS, com as declarações feitas por Marcelo Maran, administrador do escritório de advocacia de Guilherme Gonçalves e Sacha Reck.