Justiça revoga prisão de palmeirense investigado por ataque a torcedores do Cruzeiro
A defesa do homem conseguiu comprar que ele estava a mais de 400 quilômetros do local onde o crime aconteceu
A Justiça de São Paulo revogou o pedido de prisão temporária de um dos torcedores do Palmeiras investigados pelo ataque da Mancha Alvi Verde contra a Máfia Azul, no fim do mês de outubro. A decisão foi publicada na última terça-feira (05).
Henrique Moreira Lelis teve o pedido expedido em 30 de outubro, três dias depois do ataque acontecer. Contudo, a defesa do homem conseguiu comprovar que ele estava a mais de 400 quilômetros do local da ação.
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Segundo a assessoria do escritório de advocacia, foram apresentados documentos como cartão de embarque de viagem no trecho entre Goiânia e Rio de Janeiro, comprovantes de táxi e imagens do homem, que trabalha como operador de máquinas, em um supermercado no Rio de Janeiro.
A defesa também entregou à DRADE (Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva) o telefone celular de Henrique. Assim, o delegado responsável pela investigação solicitou os dados de localização do aparelho e comprovou que o homem não estava no local.
Relembre o crime:
Um torcedor morreu após integrantes da Mancha Alvi Verde, torcida organizada do Palmeiras, atacarem dois ônibus da Mafia Azul, do Cruzeiro, no dia 27 de outubro, na rodovia Fernão Dias, próximo à cidade de Mairiporã, em São Paulo.
Os autores espalharam miguelitos, uma espécie de prego, na pista para furar os pneus do veículo, arremessaram rojões e bombas caseiras contra os ônibus, sendo que um foi incendiado, e atacaram os torcedores com barras de ferro e madeira.
Ao todo, 18 pessoas ficaram feridas, incluindo José Victor Miranda, de 30 anos, que chegou a ser encaminhado para o Hospital Anjo Gabriel, em Mairiporã, mas não resistiu as lesões do incêndio e morreu.
A Polícia Civil tinha decretado a prisão de oito torcedores integrantes da Manche Alvi Verde, incluindo Jorge Luis Sampaio Santos, atual presidente da torcida organizada.
Contudo, destes oito suspeitos, um foi preso na última sexta-feira (01), enquanto Henrique não é mais culpabilizado pelo crime. Dessa forma, a polícia ainda procura seis torcedores palmeirenses.
A corporação investiga se o ataque aconteceu como uma retaliação a um confronto entre as torcidas ocorrido em setembro de 2022, em Carmópolis de Minas, a 125 km de Belo Horizonte, onde Jorge Luís foi espancado.